O termo “spoofing” tem origem na palavra em inglês “spoof”, que significa “enganar”, “imitar” ou “fingir”, e consiste em uma falsificação tecnológica na qual uma pessoa ou programa se tenta se passar por outra, falsificando dados, geralmente, para obter vantagem ilegítima.
É comum acontecer de pessoas que ligam, em nome de bancos ou instituições financeiras, querendo obter algum dinheiro dizendo que você tem algum débito ou que esqueceu de pagar alguma conta. Há casos ainda em que ligam – em nome de instituições sérias – e ofendem e xingam o ouvinte.
Quando essas causas chegam aos tribunais, o juiz precisa analisar os números de ligações recebidas no celular do reclamante. Ele vai comparar os números das chamadas com os números oficiais dos bancos e instituições por quem o criminoso está querendo se passar.
Se for constatado que os números são diferentes, juntamente com os documentos que as instituições apresentarem no processo, a empresa por quem o criminoso se passou será absolvida.
Quem responde por isso será a pessoa que se passou pela empresa. No entanto, não é fácil encontrar esses criminosos.
Veja um julgado nesse sentido:
RECURSO INOMINADO. LIGAÇÕES INCONVENIENTES RECEBIDAS PELO AUTOR. ALEGAÇÃO DE QUE TERIAM PARTIDO DA INSTITUIÇÃO BANCÁRIA. PROVA NOS AUTOS QUE DEMONSTRAM QUE O AUTOR FOI VÍTIMA DA PRÁTICA INTITULADA “SPOOFING”. CULPA EXCLUSIVA DE TERCEIRO. RESPONSABILIDADE DA RÉ NÃO VERIFICADA. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
(TJPR – 1ª TurmaRecursal dos Juizados Especiais – 0000814-63.2021.8.16.0031 – Guarapuava – Relatora: Juízade Direito Maria Fernanda Scheidemantel Nogara Ferreira da Costa – J. 14.03.2022)
Por isso, fique atento e não negocie por telefone, apenas quando tiver certeza da origem das ligações das mensagens whatsapp.